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Mioma uterino: problema comum e quase silencioso

Mioma uterino: problema comum e quase silencioso

A estimativa é que 80% das mulheres em idade fértil tenham miomas, conforme dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), mas você sabe o que é um mioma uterino, qual sua origem, sintomas e tratamento?

A explicação, inicialmente, pode até assustar: miomas são nódulos constituídos de tecido muscular e que se formam no útero, seja dentro da cavidade uterina, dentro da parede uterina ou na superfície do útero. Mas são nódulos benignos, também conhecidos como fibromas.

A origem é desconhecida, mas seu crescimento tem relação direta com alterações genéticas de cada mulher.

Quais são os sintomas do mioma uterino?

A maioria das mulheres que têm mioma uterino não possuem sintomas. Porém, quando eles aparecem, podem englobar sangramento uterino anormal, dor pélvica ou abdominal, aumento do fluxo menstrual e compressão de órgãos ao redor do útero, como bexiga e intestino.

Além disso, podem causar sintomas de retenção urinária e constipação intestinal, dificuldade para engravidar, infertilidade, aborto e anemia.

Apenas cerca de 20 a 30% das mulheres têm sintomas do mioma uterino e, por isso, requerem tratamento mais intensivo. O acompanhamento médico é sempre necessário e deve ser feito regularmente pelo ginecologista.

Qual a faixa etária de maior incidência?

A chance do surgimento dos miomas aumenta em mulheres na faixa etária dos 35 aos 45 anos, sendo que algumas mulheres estão mais suscetíveis a apresentar os nódulos benignos. São elas:

– Aquelas que têm sobrepeso;

– Aquelas que possuem familiares de primeiro grau acometidas;

– Aquelas que nunca engravidaram;

– Aquelas que apresentaram menarca (primeira menstruação) precoce ou menopausa tardia.

Os miomas também são mais frequentes nas mulheres negras, seu crescimento é mais agressivo e os sintomas mais acentuados. 

É importante, no entanto, que todas as mulheres acima dos 30 anos estejam atentas com relação à presença de miomas, independente de possuírem – ou não – um ou mais fator de risco.

Para diagnóstico da doença são recomendados exames como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética da pelve.

Como se dá o tratamento

Apesar da alta incidência de miomas nas mulheres, na maior parte dos casos eles não apresentam manifestações clínicas e nem precisam de tratamento. Quando necessário, no entanto, o tratamento é individualizado e pode ser clínico ou cirúrgico, a depender da localização, do tamanho e da quantidade de miomas.

A retirada do mioma deve ser indicada apenas quando os tumores tiverem volume considerável ou oferecerem risco a mulheres grávidas ou ao bebê durante o parto.

Miomas uterinos e infertilidade

Segundo o Ministério da Saúde, os miomas uterinos são detectados em cerca de dois milhões de mulheres por ano no Brasil e cerca de trezentas mil perdem o útero em consequência da doença.

Entre as mulheres inférteis, atinge de 5% a 10% das pacientes, mas só será responsável pela infertilidade em cerca de 2% dos casos. Os miomas localizados dentro da cavidade uterino são os que podem provocar a infertilidade.

Geralmente a remoção do útero é realizada em pacientes que não têm o desejo de engravidar ou que apresentam sangramento uterino de difícil controle clínico. Naquelas que anseiam por filhos, é possível tentar preservar o útero com a retirada apenas dos miomas.

Como os padrões de crescimento de miomas uterinos variam, podendo permanecer do mesmo tamanho, se desenvolver de forma lenta ou rapidamente, é importante fazer exames de rotina com o ginecologista e sempre estar atenta a qualquer sintoma. Saúde e bem-estar sempre em primeiro lugar!

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