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Você sabia que existem animais que não envelhecem?

Você sabia que existem animais que não envelhecem?

Parece coisa de ficção científica, ou uma história tirada do filme “Highlander”, mas existem animais que tecnicamente só não são considerados imortais, pois no ambiente selvagem eles podem ser predados por outras espécies. Essas espécies não envelhecem com o passar do tempo, mas porque isso acontece?

Entendendo o processo de envelhecimento

Envelhecimento tecnicamente é o processo natural que todos os seres humanos sofrem desde o nascimento e está ligado ao processo de crescimento. No entanto esse processo leva o corpo a entrar em um estado de decadência, pois existe um limite de vezes em que nossa cèlula pode se dividir.

Divisão Celular

O limite de vezes que uma célula pode se dividir foi descoberto por Leonard Hayflick no ano de 1965. O biólogo observou que as células cultivadas em um meio de cultura podiam se dividiram aproximadamente cinquenta vezes antes de morrer. A medida que as células se aproximavam deste limite de 50 divisões, apresentavam mais sinais de velhice.

As lagostas são imortais?

A lagosta é uma das espécies que possuem o que chamamos de “envelhecimento irrelevante” ou termo em inglês “Negligible Senescence”. Isso significa que elas podem envelhecer sem danificar suas células no processo de divisão. Isso permite que elas não sejam afetadas pelo processo de envelhecimento, permanecendo jovens. Como dissemos tecnicamente ela não é imortal, pois no ambiente selvagem ela pode ser predada por outros animais, ou morrer por outras causas.

Outras espécies que possuem “Negligible Senescence”

Turritopsis dohrnii

Essa água viva tem um processo peculiar de “Negligible Senescence”. Quando ela chega a fase adulta ao invés de iniciar o processo de envelhecimento ela começa a fazer o processo inverso. Quando ela finalmente vira um bebê água viva, ela volta a crescer refazendo todo o ciclo novamente, se elas tiverem um ambiente estável e propício podem se tornar supostamente “imortal”.

Molusco da família Arcticidae

Alguns moluscos têm a capacidade de viver por longos e longos anos. Não se sabe exatamente o tempo máximo que um desses seres podem viver. Porém pesquisadores concluíram que algumas espécies são capazes de viver pelo menos 500 anos.

Planarian Flatworm

Talvez o caso mais conhecido e impressionante de  “Negligible Senescence” seja as das planárias. As planárias são vermes que tem uma incrível capacidade de regeneração. Quando são cortadas ao meio por exemplo, acabam regenerando o corpo totalmente. O mais incrível é que mesmo que sobre apenas uma pequena parte do seu corpo, ela se regenera completamente com a mesma “memória” que possuía anteriormente.

Telômeros: O “Cadarço” da imortalidade

Nossos cromossomos são protegidos por um invólucro de proteção chamado de telômeros, que com o passar do tempo acabam sendo danificados. Eles são danificados no processo de divisão celular, pois eles se desenrolam permitindo que o DNA seja duplicado.

Quanto mais vezes a célula se divide, ou seja quanto mais os telômeros se desenrolam,  mais danificada as pontas do telômeros ficam. Uma analogia pra você entender de vez, seria com a ponta do cadarço do nosso tênis. Quanto mais vezes utilizamos ele, mais danificada fica a ponta, consequentemente mais difícil fica de passá-lo pelo buraquinho do tênis. Até que em um momento que o cadarço se desfaça.

Podemos nos tornar lagostas?

A lagosta, ao contrário de nós, possuem cromossomos mais resistentes, com telômeros mais compridos e que não se danificam com o passar do tempo. Por isso elas possuem o chamado “envelhecimento irrelevante”. Elas podem se dividir pra sempre.

Dr. Aubrey de Grey nos deu uma entrevista falando sobre os avanços rumo à imortalidade, ele é diretor científico da SENS, e nos explica que temos que tirar vantagem do fato do envelhecimento não ser uma doença e sim um processo natural.

Dr Aubrey explica que infelizmente essas espécies são primitivas e não possuem um sistema nervoso central desenvolvido como cérebro, então isso significa que não infelizmente não conseguimos copiar tudo que eles fazem, mas podemos aprender muito com essas espécies.

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Até a próxima!

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